As Aventuras de Nando & Pezão

"Rock na Veia"

Capítulo 1 – Tum Tum Ta Tum Tum

Beleja? Faz tempo que a gente não se fala, né? Sim, desde aquele dia em que o Pezão passou mostarda no pinto. Porra, vocês nem fazem idéia do transtorno que isso causou ao nosso amigo... hahaha... Acreditam que o pau dele está meio verde até hoje? Não, eu não vi nada não. Eu só sei que continua verde porque o Pezão me disse. Não vem com gracinha pra cima de mim. Não sou daqueles manés que vão ao banheiro masculino e ficam olhando com o rabo dos olhos o pinto dos outros. Eu estou contente com o meu e não tenho o menor interesse em ver o dos outros.

Bom, mas voltando ao assunto Pezão... o mano está passando por dificuldades. Ele já procurou todos os médicos daqui da região e até agora ninguém conseguiu fazer o bilau dele voltar à cor original. O bagulho continua verde. Putz!!!! Engraçado, se ele passou mostarda, não era para o pinto ter ficado amarelo??? Eu, hein!!! Mais um mistério misterioso do infinito oculto.

Semana passada nós saímos pra night e o Pezão até que se deu bem, catou uma mulata bem gatinha. Num determinado momento da noite a garota foi pro banheiro e Pezão chegou desesperado em mim, o coitado suava frio, ele disse:

— Porra, cara, a mina quer me levar pra casa dela!

— Uhuuuuu! Mandou bem, mano. A mina que eu catei está no maior embaço. Não sabe se dá ou desce. Que bosta.

— E agora, o que é que eu faço?

— O quê? Esqueceu como é que se faz? Pau pra dentro!

— Porra, Nando, você não entendeu! — Pezão olhou na direção da sua braguilha.

— Ah, entendi. O bagulho continua verde, né?

— Hã hã.... — e fez sinal de positivo com a cabeça.

Vocês já notaram o olhar de uma criança quando a sua fralda está toda cagada? Então, foi o mesmo olhar que o Pezão fez pra mim.

— Ah, muito simples. — eu disse. — Faz tudo no escurinho. Assim ela não vai nem perceber que o seu pau está parecendo um pepino estragado.

Pezão continuou me olhando assustado.

— O que foi? — Perguntei. — Não sabe trepar no escuro?

— Não é isso. Tenho medo de acontecer novamente.

— Acontecer o quê?

— Antes de ontem eu fui tocar uma punheta e o meu pau ficou fosforescente.

Meu, eu comecei a rir tanto, mas tanto, mas tanto... Todos que estavam ao nosso redor ficaram me encarando. E olha que o som estava altíssimo, tocando D-Devil.

— Fosforescente? Como assim?

— Não sabe o que é fosforescente, porra? O bagulho brilhou no escuro. Parecia uma lanterna.

— Santa pixirica!!! Sério?

— Caralho, olha bem pra minha cara. Acha que estou de brincadeira?

— Porra, Pezão, você está se preocupando demais. Este não é o Pezão que eu conheço. Vai embora com a mina e pau pra dentro. Se o bagulho ficar fosforescente você inventa uma desculpa e pronto.

— Por exemplo...

— Ah, fala que seu pau já veio com farol de milha instalado...

Comecei a rir feito um louco.

— Cala a boca, lá vem ela. — sussurrou Pezão, notando que a mulata acabara de sair do banheiro. — Quer saber de uma coisa? Foda-se. Pau pra dentro. Se o bagulho começar a brilhar eu falo que é a camisinha.

— Pronto! Ótima idéia, Pezão. Está vendo como você não é tão burro assim?

Pezão mostrou aquele famoso dedo pra mim. A mulata se aproximou de nós.

— Vamos? — disse ela, requebrando um popozão de respeito.

Pezão deu um beijo na mulata, deu uma olhada rápida pra braguilha e tomou a decisão.

— Claro, gata, vamos.

Este é o Pezão filho da puta que eu conheço. Não é um pinto fosforescente que vai abalar o meu amigo. Se existem camisinhas fosforescentes, por quê não podem existir pintos fosforescentes, certo? E se a mulata tem uma pexeca fosforescente também, né? Hoje em dia tudo é possível.

Pezão jogou a chave do carro na minha mão. Fiquei até espantado.

— Nós vamos no carro dela. — disse Pezão. — Porra, muito cuidado com o meu, hein!

— Quem não cuida dele é você, cara. Fica frio. — por dentro eu estava gritando "uhuuuuuuuuuuu!! Hoje o Corsa é meu!!! Hahahaha Pau pra dentro!!! " .....

— Mas não acostuma não, aproveita que hoje eu estou bonzinho.

— Você está bonzinho, é? — disse a mulata, com voz sacana. — Ah, então não sei se ainda quero você.

Pezão lascou um tapa na bunda da mulata, dizendo:

— Vamos nessa! — e olhou pra mim. — É isso aí, Nando. Amanhã a gente se fala. Se eu notar um arranhãozinho eu te mato.

— Ah, mata nada. Some logo daqui! Amanhã a gente se fala. — e sorri.

Pezão saiu agarrado com a mulatinha. Meu, a garota é baixinha, mas tem um bundão!!! Se o conteúdo for tudo isso que a embalagem promete... a mina deve ser um furacão no quarto. Pezão se deu bem. 

Bom, a mina que eu catei naquela noite estava embaçando pra caramba, mas foi só eu balançar a chave do Corsa e tudo se resolveu. É foda, eu sei que não são todas, ainda bem, mas tem mulher que adora uma gasolina. Você pode estar fodido, sem porra nenhuma na vida, mas basta você comprar uma moto ou um carro e você começa a pegar umas garotas que você jamais pegaria se estivesse a pé. Maria gasolina e coca-cola tem em qualquer lugar.

O importante é que eu me dei bem no banco traseiro do Corsa. A mina era uma delícia, tinha umas pernocas grossas. A pexeca dela não era fosforescente, mas ... hehehe. Pau pra dentro! Putz! Se o Pezão descobre o que eu aprontei ali naquela traseira... hehehe... É melhor eu ficar quieto.

No dia seguinte Pezão apareceu lá em casa por volta das 4 horas da tarde. Sua expressão não era nada boa.

— E aí, como foi? — perguntei.

Pezão ficou calado, olhando fixamente pro Corsa. Já sei, o filho da puta está procurando arranhão.

— Fica frio, cara. — eu disse. — Ele está do jeitinho que você deixou.

— Certo. Cadê a chave?

— Calma, porra, pra que esta pressa? Não vai me contar como foi lá com a mulatinha gostosa?

— Foi normal.

— Aconteceu alguma coisa, conta!

Comecei a rir.

— Não aconteceu nada. Agora me dá a chave.

Peguei a maldita chave e a entreguei. Pezão finalmente se abriu...

— Porra, mano, aconteceu outra vez! — disse ele, com voz de choro.

— Seu pau brilhou na hora "H" ???

— Brilhou. Caralho! Nós ficamos no escurinho, sabe? Até aí estava tudo bem, mas quando ele começou a ficar duro começou a brilhar feito uma lanterna.

— Puta merda! E aí? Ela percebeu?

— Porra, é claro que percebeu? O bagulho clareou todo o quarto!

— Santa pixirica!!! — Acreditem, eu não dei risada.

— Ela ficou apavorada, parecia ter visto um alien.

Ah, aí eu não consegui evitar. Saí gargalhando pela calçada. hahahahaha

Pezão tirou o Corsa da garagem e saiu queimando borracha.

— Calma, brother, termina a história!!!

E continuei rindo por uns bons 4 dias... hehehe

Rrrrrrrrrrrrrrrring!!!!!!

Maldito telefone dos infernos. Pezão, só pode ser o Pezão.

— Fala, Pezão do caralho. Beleja?

— É nóis.

— Cara, você já está sabendo do novo filme de super herói que vai passar nos cinemas?

— Não. Qual?

— Lanterna Verde!!! Hahahahaha...... Conhece? Hahahha.

— Filho da puta! Por quê você não enfia o dedo no cu e assopra?

— Ah, não. Assopro sem enfiar mesmo. Fala logo o que você quer.

— Cara, você não acredita no presente que eu acabei de ganhar da minha madrinha.

— Porra, se você ganhou aquela boneca inflável com pele sintética eu te mato, seu maldito sortudo filho de uma vaca.

— Não é isso. Caralho, agora meu presente nem parece ser tão bom assim.

— Pára de enrolar e conta logo. O que você ganhou?

Pezão começou a emitir uns sons estranhos ... mas com a boca.

— Tum tum ta tum tum ... plain!!!!

— Mas que porra é esta?

— Ganhei uma bateria, caralho!!!

— É mesmo? Completa?

— Sei lá, acho que sim. Quantas peças tem uma bateria completa?

— E eu é que sei?

— Cara, muito louco o bagulho! Estou tocando desde a hora que chegou.

— Tocando? Pezão, a única coisa que você toca é punheta.

— Sem brincadeira, Nando. Estou tocando. Escuta aí.

Pezão largou o telefone. Deve ter ido tocar a maldita...

— Tum tum ta tum tum tum ...... 

É mesmo o som de uma bateria. Mas o Pezão "acha" que está tocando. Na verdade ele está só maltratando o bagulho com as baquetas. Putz!!! Meu ouvido não é pinico!

— Está ouvindo, Nando??? — Gritou ele, todo entusiasmado.

Acho melhor eu ficar quieto. Talvez assim ele pare com esta tortura. Oba, acho que deu certo. Ele parou. Está voltando para o telefone.

— Ouviu?

— Ouvi, Pezão. Olha, você tem futuro.

— Você também acha?

— Claro, continua assim mais uns 80 anos e logo logo você vai estar tocando num grupinho de pagode do caralho.

— Vai se foder!

— Ah, vai você! Se liga! Onde você aprendeu a tocar bateria? No inferno? Caralho, foi a pior coisa que já ouvi em toda a minha vida. Pra ficar ruim falta muito ainda. Puta que o pariu!!!

— Você está com inveja, isso sim.

— Dá um tempo, Pezão. Quantos anos você acha que eu tenho, oito?

Pezão desligou o telefone.

Eu conheço a figura. Querem apostar quanto que ele vai ligar novamente? Contem comigo... 3 ... 2 ... 1 ... 0

Rrrrrrrrrrrrrrrrrrrring!!!!!

Ahá!!! Eu não disse??? Conheço este maldito faz muito tempo. Quando ele fica puto da vida ele bate o telefone na sua cara, mas aí a raiva passa e ele...

— Cara, acabei de ter uma idéia brilhante!!! — disse Pezão, com uma voz de quem está quase gozando na cueca.

Putz! Idéia brilhante? Lá vamos nós outra vez ...

— Fala, Pezão... qual é a idéia brilhante?

— Vamos montar uma banda!!!

Caralho!!! É mesmo!!! Uma banda!!! Milhares de fãs enlouquecidas!!! Milhares de gatinhas gostosérrimas se jogando aos nossos pés!!! Dinheiro!!! Fama!!! Turnês pelo mundo!!! Pexecas estrangeiras querendo sentir o gostinho do meu pau-brasil !!! Uhuuuuuuuuuuuuu!!! É nóis na fita!!!

— Pezão, esta foi a melhor idéia que você já teve em toda sua vida!!! Você é um gênio, cara!!!

— Claro que sou, filho da puta. Sei disso faz tempo.

Mas... esperem um pouco, temos um pequeno probleminha.... Pezão toca bateria tão bem quanto o cu dele e o único instrumento que eu sei tocar é ... ah, vocês sabem...

— Pezão, peidamos na farofa.

— Claro que não. Por quê?

— Você não sabe tocar porra nenhuma, muito menos eu.

— E daí? Das bandinhas que estão nas paradas ... alguém sabe tocar alguma coisa?

Porra, se a gente analisar friamente... Pezão tem razão.

Uhuuuuuuuuuuuuu!!! Vamos montar uma banda!!!