As Aventuras de Nando & Pezão

“Jovem Cientista”

Capítulo 11 – Eu Te Amo

Corri para o armário e me escondi lá dentro. A porta do armário possuía pequenos furinhos para ventilação. Foi através destes furinhos que pude ver quando Meiry saiu do banheiro, enrolada numa toalha. Parou a pouco mais de cinco metros do armário.

Não contei nem um minuto e a toalha já estava ao chão. 

Eu não posso acreditar no que estou vendo. Vocês também não vão acreditar.

Meiry não ficou nua. Meiry ficou nu. Sim, Meiry é homem!!!

Só não sei o que é pior: descobrir que Meiry é homem ou ver que além disso tem o pinto maior que o meu.

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Eca!!!!! E eu com a calcinha na mão!!! Putz grila!!!

Larguei imediatamente, é claro! E quase que eu dei uma fungada naquilo! Que nojo!!! Acho que vou vomitar.

Ainda não consigo acreditar que Meiry não é mulher. Vocês devem estar loucos pra tirar o maior sarro com a minha cara, não é? Devem estar me achando um idiota. Mas eu juro que nenhum de vocês teria adivinhado. Aposto minha vida como ninguém teria nem desconfiado. Meu, tudo bem que o tamanho estava um pouco estranho para uma mulher. Mas existem muitas mulheres altas neste mundo também, não é? Estou pasmo. E dizer que tive alguns pensamentos eróticos com aquela pernas ... Putz!!! Deixa pra lá. Alguém aí tem uma borracha mental? Eu daria tudo por aquele aparelhinho do filme Homens de Preto, só pra deletar aquela imagem do bilau da Meiry.

Bom, Meiry o caralho, né? Este é o nome de guerra. Agora só o capeta pra saber o verdadeiro nome daquilo ali.

Criei coragem e olhei pelos furinhos da porta do armário outra vez.

Ufa! Meiry escondeu o seu ... coiso. Vestiu uma calcinha preta. Agora está sentado na cama vestindo uma cinta-liga. Olha lá, ele tem seios! E são seios bonitos. Já peguei muita pé-vermeio com seios que não chegavam nem aos pés daqueles ali. 

Mas espera aí, tem alguma coisa estranha. Raciocinem comigo: está na cara que Meiry, ou seja lá quem for, é muito rico. Certamente pagou por aquele par de seios. Mas por que não aproveitou e tirou o pinto? Dinheiro pra operação ele tem.

Opa, barulho no quarto. Espiei pelos furinhos novamente.

Caralho, ele está vindo pro armário! E agora?

Sai da minha frente, cabide dos infernos!!! Escondi-me atrás de um emaranhado de roupas. Agora só me resta torcer, ou pagar um puta mico.

Nada aconteceu. A porta do armário não se abriu. Meiry deve ter passado reto.

Aguardei mais um pouco e resolvi espiar novamente.

O quarto está vazio. Meiry deve ter ido atrás de sua vítima: Pezão.

Putz, até me esqueci do Pezão! Meu, vai dar um tremendo rebosteio, hein! Imagine a cara do maluco quando descobrir que Meiry é um marmanjo pingueludo.

Será que agora ele volta a ser o Pezão que a gente conhece? Hahaha ...

Saí do armário e ... Opa! Esta frase não ficou nada bem pra mim, hein! Porra, vocês são muito engraçadinhos, né? Só pensam besteira!

— Nando?

Era o guri.

Puta que pariu!!! Vai assustar a sua vó, filho da puta!!! Meu, tomei um susto tão grande que meu coração quase saiu pelo cu.

— Você quer me matar do coração, porra? — falei, puto da vida.

— Você sumiu.

— Sumi o caralho! Não está me vendo aqui na sua frente?

— Dá um tempo, Nando! O que aconteceu pra você ficar cuzão assim? — E olhou para o chão do quarto, coberto por roupas íntimas femininas — Você estava transando com a grandona?

Só de imaginar já me deu um arrepio nos cabelos do saco. Fiz cara de nojo. 

— Eu não transaria com ela nem por 1 milhão de dólares — respondi. O guri fez uma cara de quem não entendeu porra nenhuma.

E saí do quarto, em direção ao corredor.

Pra onde a mulher-girafa pingueluda foi? Eu não posso perder o encontro dela com o Pezão. O bagulho promete.

O guri veio atrás de mim.

— Por que você não transaria com ela? — perguntou ele.

Nem dei atenção, continuei a procurar. Meu, esta casa é enorme! Onde eles estão?

E o guri na minha cola. Coitado, o moleque deve estar achando que eu enlouqueci.

— Só por que ela quer dar pro meu irmão? — insistiu o guri.

Fiz sinal pra ele ficar quieto. Preciso de silêncio pra descobrir onde eles estão.

Música romântica! Estou ouvindo música romântica vindo de algum lugar!

— Você está ouvindo esta música? — perguntei.

— Sim, estou ouvindo — respondeu o guri, procurando saber de onde vinha.

— Vem lá do fim do corredor.

— Acho que sim. Será que o meu irmão está comendo a grandona?

— Reze pra que isso não esteja acontecendo.

— Por que eu faria isso?

Caí na gargalhada, tipo uma hiena com tesão por cu de galinha.

E lá fomos nós para o final do corredor. A música que estava tocando era uma do Kennny G, só não me pergunte o nome.

Ao chegarmos até a porta eu girei a maçaneta lentamente e ... Droga! Está trancada!

— Meu, deixa ele trepar sossegado! — disse o guri.

— Estou fazendo isso pelo bem do seu irmão. Acredite.

— Você está com inveja dele, isso sim.

Olhei feio para o guri. Estou louco pra contar sobre o pinguelo da Meiry, mas acho que será mais divertido se o moleque descobrir com os próprios olhos. Não acham?

Fiz sinal pra ele ficar quieto.

Encostamos nossos ouvidos na porta.

— Você está confortável? — era a voz da Meiry. Estou confuso, não sei se chamo de A Meiry ou O Meiry. Ah, foda-se, por enquanto vou chamar de A Meiry.

— Sim, estou bem, obrigado.

E a música parou. Parou, mas logo começou outra, também do Kenny G.

— Você aprontou alguma pra ele, não? — sussurrou o guri, rindo.

— Eu? Não — e comecei a rir também.

— Conta pra mim! O que você fez? Emprestou camisinha zoada pra ele?

— Juro que não fiz nada.

De repente começou a maior gritaria dentro do quarto. Era o Pezão, aos berros.

— Sai de perto de mim! — repetia ele, sem parar.

— Calma, fique calmo! — retrucava a Meiry.

O guri ficou assustado.

— O que será que está acontecendo? — perguntou ele, com os olhos arregalados para a porta.

E a maçaneta começou a girar. Aposto que é o Pezão tentando sair do quarto.

— Abra esta porta agora!!! — sim, era mesmo o Pezão mexendo na porta.

— Mano, o que está acontecendo? — perguntou o guri.

— Murilo, é você? O que você está fazendo aí? — perguntou Pezão.

— Viemos lhe ajudar — respondi, com a maior cara-de-pau.

— Calma, Maurício — disse a Meiry. — Vamos conversar!

— Não temos nada pra conversar! Agora abra esta porta, por favor!

— Não vou abrir enquanto não conversarmos!

Xiiiiiiiiiiiiiiiii!!! O bagulho está ficando feio. A Meiry quer botar no cu do Pezão de qualquer jeito.

— Vamos arrombar a porta, Nando! — disse o guri, preocupado com o irmão.

— Até parece que é fácil, né? Por acaso você é o Hulk?

Enquanto isso ouvi barulhos estranhos vindo de dentro do quarto. Será que Pezão está saindo no tapa com a Meiry? Porrada!!! Porrada!!!

— Acho que nem precisamos arrombar — disse o guri, piscando pra mim. Ele colocou a mão no bolso traseiro da calça e pegou um pequeno envelope.

— O que é isso?

— É o convite pro evento desta noite.

— Comeu cocô? O que você vai fazer com isso?

Ele retirou um pequeno clipe de ferro preso ao envelope. Acho que entendi.

— Isso só funciona em filme, guri — falei, enquanto ele esticava o clipe.

— Você que pensa.

E o guri enfiou o clipe na fechadura. Virava pra cá. Virava pra lá. E o pau comendo solto dentro do quarto. Putz!!! Pau comendo solto? Hahaha ... será que "literalmente" falando? Hahaha ... Pobre Pezão.

Caraaaaaaaalho!!! O guri conseguiu abrir a porta!!! O moleque é foda mesmo.

Pezão estava no maior pega com a Meiry. Calma, não é o que vocês estão pensando. Eles estavam brigando por causa da chave da porta.

Será que o Pezão já descobriu que a Meiry é homem? Sei lá, parece que não. Ela está de calcinha e sutiã ainda. Só tirou a cinta-liga.

— Pára de boiolagem e come logo, mano! — disse o pirralho. — Aí ela sossega o rabo.

Quando Pezão viu a porta aberta não pensou duas vezes, parou a briga e veio correndo até nós.

— Deixe-me em paz, por favor! — disse o Pezão.

Quando ele ia chegando perto da porta Meiry disse algo:

— Liberte-se para sempre, Maurício. Assuma que você é gay.

Pezão parou, deu meia-volta e ficou olhando pra Meiry.

Xiiiiiiiiiiiiiiiii! É agora! O bicho vai pegar! Aposto que agora o Pezão vai se libertar do São Maurício. Querem apostar? Tchau Babalu Cósmico dos infernos!

— Como é que é? — disse ele. Sua voz já demonstra uma pequena alteração.

— Eu vi que você não ficou atraído com a minha forma feminina.

Pezão hesitou por alguns segundos, depois disse:

— Não é que eu não me sinta atraído, o problema é que ....

Putz!!! Meiry desceu a calcinha e puxou o pinguelo escondido.

— Agora fiquei atraente pra você? — disse Meiry, chacoalhando o pinguelo.

Olhei pra cara do guri e vi que valeu a pena não ter contado nada. A expressão no seu rosto foi a coisa mais hilária que eu já vi em todos estes últimos anos.

— PUTA QUE PARIU, É HOMEM ????????????????????????

Preciso dizer quem foi que gritou isso?

Hahaha ... Pobre guri, vai ficar traumatizado pro resto da vida.

Que nada, acho que me enganei. Assim que disse aquilo o guri caiu na maior gargalhada que já vi na face da Terra, parecia uma hiena com febre aftosa.

Pezão passou zunindo por nós. Mas a expressão no seu rosto ainda era a do São Maurício. Que bosta!

Meiry saiu correndo atrás dele, com tudo balançando.

— Volta, Maurício! Eu te amo!

Putz!!! O traveco gamou no Pezão mesmo, hein! Hahaha ...

Enquanto isso o guri quase se mijava de tanto rir.

— Nunca viu um traveco antes? — falei pro guri.

— Como é possível, Nando? Ela era muito linda. Eu estava quase me apaixonando.

— Pior que era, né? Daqui pra frente não sei mais em quem confiar.

— É mesmo. Só apalpando.

E caímos na gargalhada outra vez.

De repente Pezão reapareceu na ponta do corredor. Nari estava ao seu lado.

— Vocês vão ficar aqui? — gritou Pezão. — Nós estamos indo embora!

— Espera aí — disse o guri, assustado.

Quando alcançamos os dois notamos a falta de alguém.

— Cadê a Maura? — perguntei.

— Ela saiu com a Jaque — respondeu a Nari.

Putz!!! Será que a Maura catou a baixinha coxuda? Ah, fala sério!!! Este mundo está cada vez mais injusto.

Passamos pela sala e Meiry estava deitada de bruços sobre o sofá, chorando feito uma criança. Vou ser sincero, fiquei com pena. Sei como é gostar de alguém e não ser retribuído. 

O mais estranho de tudo é que era quase impossível imaginar que era um homem deitado ali no sofá. Se meu cérebro não soubesse que Meiry é homem eu aposto que ficaria excitado com a cena. O cara tem o corpo de uma modelo de revista, porra! Que culpa eu tenho? A única coisa que estraga é aquele pinguelo no meio das pernas, pois o resto é perfeito.

— Vamos procurar a Maura agora mesmo — disse Pezão, super sério. — Não quero ficar mais nem um minuto nesta casa.

E assim fizemos. Saímos à procura das biscates.

E alguns minutos depois eu encontrei as duas. A Maura é filha da puta mesmo! Olha ela lá na piscina de água quente, quase engolindo a baixinha.

Fui me aproximando das duas, elas nem perceberam, estavam numa fissura que só vendo.

— De língua é mais caro! — eu gritei, interrompendo a transa das duas.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou a baixinha. Ela ficou ainda mais bonita com os cabelos molhados.

Olhei pra Maura e respondi:

— Seu irmão está desesperado pra ir embora. Estão todos lhe procurando.

— Manda ele se foder! — ela respondeu. — Eu não saio daqui tão cedo!

E as duas lascaram um puta beijo de língua. Nando Júnior deu até uma beliscada básica.

— Tem lugar pra mais um? — perguntei. Quem não arrisca não petisca, né?

Mas as duas continuaram se beijando. Nem me deram atenção. Mas após o beijo:

— Entra, a água está uma delícia! — disse a Maura.

Ooooooooooooooopa!!! Eu ouvi direito?

— Ah, de jeito nenhum! — disse a baixinha filha da puta.

Meu, se eu trombar com esta tampinha de guaraná outra vez eu juro que ... Ah, deixa pra lá!

— Vai ser gostoso, Jaque! — insistiu a Maura, fazendo beicinho. — Tem coisas que só um homem pode fazer pra gente.

A baixinha olhou pra mim e disse:

— Claro que tem: matar barata e trocar pneu!

E as duas caíram na gargalhada, como duas hienas fazendo a unha no salão de beleza.

Meu, aquilo me deixou tão irritado, mas tão irritado ...

Vocês nem vão acreditar no que eu fiz. Baixei o zíper da minha calça e ...

— Oba! — disse a Maura, empolgada. — Vai se masturbar pra gente? Eu acho super excitante e ...

Botei o Nando Júnior pra fora e comecei a mijar dentro da piscina. Não sei de onde veio a inspiração, pois eu nem estava tão apertado assim. Só sei que dei uma bela e longa mijada.

E consegui o efeito desejado: a baixinha ficou furiosa!!!!!!!!!!!!

— Seu cretino filho de uma puta! — esbravejou a baixinha, enquanto saía da piscina pela escadinha. — Nojento, babaca, crianção!!!

E a tampinha de guaraná saiu disparando vários outros xingamentos, os quais eu não me recordo, pois assim que ela saiu da piscina e seu corpo nu atingiu os meus olhos eu perdi totalmente a concentração ... a baixinha é gostosa demais ... e o principal ... é MULHER de verdade!!! E que mulher!!! Loucura, loucura, loucura!!! Nando Júnior deu outra beliscada básica.

Maura também ficou uma fera comigo. Ela não me xingou, mas só o olhar que ela me fez disse mais que qualquer outra coisa.

E Pezão apareceu.

— O que pensam que estão fazendo? — disse ele, com as mãos na cintura.

— Fazendo sexo, seu idiota! — respondeu a Maura, enquanto subia a escadinha da piscina. — Se você não faz alguém tem que fazer, né?

Pezão nem lhe deu atenção. Estava com aquela expressão séria no rosto.

— Vista-se. Nós vamos embora desta casa perturbada.

E a Maura saiu da piscina. Vê-la nua não foi tão empolgante, pois eu já conhecia o material, né? Mas também não desviei o olhar, afinal de contas mulher é mulher ... e mulher nua foi, é e sempre será colírio para os meus olhos.

— Cadê a Meiry? — perguntou a baixinha para o Pezão.

— Está lá no sofá da sala.

A baixinha fez uma cara de sem-vergonha para o Pezão, e disse:

— E vocês ... já ... ???

Olhei para o Pezão e fiz sinal pra ele dizer que sim, pois isso daria menos dor de cabeça pra ele. Ainda bem que o babaca sacou o que eu quis dizer.

— Sim, nós nos entregamos à tentação da carne.

A baixinha fez cara de quem comeu cocô.

— Hã?

— Eles treparam gostoso — falei.

— A conversa não chegou na lixeira.

— Vai se foder, tampinha de Tubaína!

Alguns minutinhos depois a Maura terminou de se vestir.

— Podemos ir embora agora? — disse o Pezão.

— Vá você! — disse a Maura, abraçando a baixinha. — Eu vou ficar com as minhas novas amigas.

Pezão balançou a cabeça negativamente.

— Quando você vai tomar vergonha, Maura?

Maura ficou possessa.

— Meu, quem é você pra me dizer isso? Só por que passaram leite pasteurizado no seu corpo você acha que vai poder apagar todos os seus pecados? Vai se foder!

Pezão não respondeu nada. Apenas olhou pra mim e disse:

— Vamos embora, Nando. Se ela quer ficar, pois que fique então. Esta casa tem tudo a ver com ela mesmo.

E assim fizemos. Maura ficou agarrada com a baixinha, no maior amasso. Agora explica pra mim: por que será que duas mulheres se beijando deixa a gente com tanto tesão? Quase deixei o Pezão ir embora sozinho.

Não cheguei a fazer isso, mas eu precisava perguntar algo pra Maura antes, e perguntei:

— E a nossa aposta?

Ela terminou de beijar a baixinha e me respondeu:

— Esquece, Nando, nenhum dos dois vai conseguir nada com aquela doida varrida.

O pior de tudo é que ela tem razão. Bom, pelo menos não apostamos a baixinha, eu teria perdido de goleada. Nunca vi uma mulher me odiar tanto. Acho que a baixinha preferiria dar o cu pro capeta ao invés de dar pra mim. Eu, hein!

Comigo as coisas são diferentes. Mesmo odiando a baixinha eu comeria o cuzinho dela numa boa, sem remorso algum ... hehehe.

Meiry nos aguardava na sala. Estava totalmente vestida agora. Ela estava com cara de poucos amigos, pra não dizer furiosa.

— Fora da minha casa, agora! — ela disse.

— É pra já — respondeu Pezão.

Nari e o pirralho já nos aguardavam dentro do carro.

— Por que demoraram tanto? — disse o guri, puto da vida.

— Sua irmã me tira do sério — disse o Pezão.

— Minha não, nossa irmã.

Meiry abriu o portão da garagem com um controle-remoto.

— A partir de hoje não tenho mais irmã — disse o Pezão.

Notei que Nari ficou indignada.

— Cumbuca, não diga isso!

— Digo.

— Nós temos que respeitar as pessoas, Cumbuca. O Babalu Cósmico dela é diferente do nosso, mas isso não significa que ela seja pior ou melhor. Ela é apenas diferente.

E Pezão deu a partida no carro.

— O Babalu Cósmico dela é podre — disse ele.

— Não sei se você tem moral suficiente pra dizer isso da sua irmã, Cumbuca.

Putz!!! Aoooooooooo!!! Esta foi forte, hein!!! Mandou ver, Nari!

Pezão até desligou o carro. Olhou Nari pelo espelho retrovisor e disse:

— Não tenho moral? Agora eu não entendi.

— Entendeu muito bem, Cumbuca.

Lá fora, Meiry começou a chutar o carro do Pezão, furiosa.

— Saiam da minha casa! — esbravejava ela, ou ele. — Sumam daqui!

Antes que o carro ficasse todo amassado Pezão deu a partida novamente e saiu fincando, deu até pra lembrar um pouco o velho Pezão.

Vi a Harley-Davidson ficar para trás pelo espelho retrovisor. Que pena! Eu até pensei que ia poder dar uma voltinha. Alegria de pobre dura pouco mesmo.

E passamos pelo outro portão.

Pezão retomou o assunto:

— Você está chateada comigo, Montanha?

Nari não disse nada. Ficou quieta, encostada na porta do carro, bem afastada de mim.

De repente ela disse:

— Como você foi capaz de fazer aquilo, Cumbuca?

— Do que você está falando, Montanha!

— Não mente pra mim, você sabe muito bem! Ubatuba!

Putz! Pezão perdeu o controle do carro e quase fomos parar numa ribanceira. Faltou muito pouco.

Quase morro por causa de Ubatuba. Seria trágico, pra não dizer irônico.