As Aventuras de Nando & Pezão

“A Garota dos Cabelos Verdes”

Capítulo 6 – Outro Banheiro

Tudo bem que o bafo de cebola está monstruoso. Mas tenho mais balas de hortelã. E se as balas não resolverem eu caio de boca em outros lugares ... se é que vocês me entendem.

Entramos no motel.

Enquanto Pezão ia em marcha lenta procurando os quartos ... Carolina disse algo que nos pegou de totalmente de surpresa.

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— Luke, I'm your father.

Hahahaha .... Calma, não foi bem isso o que ela disse.

O que ela realmente disse foi:

— O que vocês acham de usarmos o mesmo quarto?

Quando ela terminou esta frase foi como se o mundo tivesse parado. Pezão quase enfiou o carro num pequeno canteiro de tulipas.

— Como assim? — disse ele.

— Suruba, Pezão! — gritei, apertando a cintura de Caroline.

Esta me sorriu e depois disse:

— Suruba com quatro pessoas não é suruba, é?

— Acho que suruba começa com seis ou mais pessoas — disse Carolina, colocando seu rosto entre os bancos da frente e olhando para nós.

Pezão estacionou o carro na garagem de um dos quartos.

— Eu acho que com quatro pessoas já é suruba — falei. — Ah, sei lá!

Pezão agarrou Carolina e enterrou a língua na garganta da guria. Terminada a lavagem estomacal ele disse:

— Foda-se, eu topo!

Olhei para Caroline. Ela tem cara de quem topa qualquer parada, portanto eu não me surpreenderia se a resposta dela fosse ...

— Claro, to dentro! — disse ela, com um sorriso de orelha a orelha.

Saímos do carro excitados. Olhares curiosos e um pouco desconfiados. Por um instante imaginei Caroline e sua irmã peladinhas na cama, esperando por mim. Porra, bem que poderia dar uma puta caganeira no Pezão neste exato momento, vocês não acham? Eu mereço uma noitada de sexo selvagem com duas gatas gostosas, não mereço?

Pezão abriu a porta do quarto. Carolina foi a primeira a entrar. 

Bom, vamos raciocinar um pouco ... A idéia do quarto único foi da Carolina, certo? Será que foi só pra dar uma variada ou foi pra ter a oportunidade de dar pra nós dois? Putz! Só de imaginar .... é hoje!!!!!

Entramos os quatro. Fechei a porta e girei a chave com a mão direita um pouco trêmula. Eu estava tremendo de ansiedade. A vontade que eu tinha era jogar Pezão pra fora do quarto e ficar com as irmãs só pra mim!!!

De repente senti um beliscão na bunda. Caroline olhava para mim e era só sorrisos. Ela estava só de calcinha e sutiã. Loucura, loucura, loucura!!! Gostosa pra caralho!

— Caralho, você é rápida! — falei.

— Você não viu nada — ela disse, vindo pra cima de mim.

Pezão e Carolina já estavam na cama. Ambos vestidos ainda.

Caroline arrancou minha camisa. A luz estava numa intensidade agradável. Agradável o suficiente para que eu pudesse admirar os seios de Caroline. Sim, antes que eu pudesse ver ela já tinha retirado o sutiã. Meu, a mina é The Flash?

Quando ela encostou seus belos seios na minha barriga eu enlouqueci de vez. Agarrei seu pescoço e dei-lhe um beijo tão arrebatador que quase suguei seus órgãos pela garganta. Depois fui descendo devagarinho até encontrar, enfim, os seus seios durinhos. Permaneci ali por mais de dois minutos, creio eu. Esqueci do mundo. Esqueci de tudo. 

Caroline retirou o cinto da minha calça e abaixou o zíper lentamente, enquanto fazia isso ela olhava pra mim com aquele sorrisinho de garota levada. Adoro isso. Sob aquela luz fraca seus horrendos cabelos verdes não fizeram tanta diferença. Ela estava linda agachada só de calcinha diante de mim. Agora eu me encontro apenas de cueca. Na verdade já não era mais uma cueca, mas sim uma barraca armada .... hehehe .... Se é que vocês me entendem.

De repente senti um empurrão. Caí deitado sobre a cama.

— Ai, puta merda!!!! — gritei de dor.

Bati a cabeça na canela de alguém. Quero dizer, eu rezo pra que tenha sido só uma canela.

— Nando, você está bem? — disse Caroline, vindo por cima de mim.

Meu, com uma visão daquelas ... dois lindos seios balançando sobre o meu peito ... como eu poderia não estar bem? A dor da batida passou rapidinho.

— Sim, estou — respondi, agarrando a cintura de Caroline.

Olhei para o lado e vi Pezão sobre Carolina. Ela ainda estava de calça e sutiã. Ele estava se preparando para arrancar a camisa.

— Machucou? — disse Carolina, sorrindo pra mim.

Quando eu me preparava pra responder senti minha cueca sendo arrancada. Caroline puxou com tanta violência que suas unhas me fizeram gemer de dor.

A irmã teve um ataque de risos com a cena, parecia uma hiena com dor de dente.

— Calma, mana! — disse Carolina, quase engasgando-se de tanto rir.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa senti ... hmmmmmm! Oh, yeah! Oh, yeah!

Bom, acho que não preciso descrever o que Caroline começou a fazer, certo? Porra, isso aqui é uma história de respeito!!! Se você quer baixaria liga no Programa do Ratinho!!! Hahaha ... Só vou dizer que foi maravilhoso ... e precisei ser muito forte para não ... precipitar-me. Depois ela veio me beijando por todo o corpo. Senti um arrepio que ia do couro cabeludo até a pontinha do dedão.

— Meu, você é demais — sussurrei pra ela, com um sorriso de orelha a orelha.

Ela mordeu o meu queixo e me beijou violentamente. Agora foi a vez dela quase sugar meus órgãos pela garganta. Preciso confessar uma coisa, a mina é meio irritante, mas trepa que é uma beleza! E nem me importo mais com o bafo de cebola. Foda-se!

Terminado o beijo ela deitou-se do meu lado e sussurrou no meu ouvido:

— Agora é a sua vez, gato.

Beijei-lhe mais uma vez e respondi:

— Claro, com todo o prazer do mundo.

Enquanto eu me preparava para cair de boca naquele corpo escultural não resisti e dei uma olhadela para o lado. Lá estavam Pezão e Carolina no maior rala-e-rola. Putz! Ver a bunda cabeluda do Pezão subindo e descendo não foi bem o que eu queria. Os dois estavam na posição "papai-mamãe". Ainda bem que a cama é grande, pois se aquela bunda cabeluda encostar em mim eu acho que me mato. De repente ouvi um ... "psiu", era Caroline. 

— O que está olhando? — disse ela. — Esqueceu de mim?

— Lógico que não, meu anjo!

Eu só espero que ela não me venha com aquele papinho de "suck my anus!" ... hahaha ... vocês ainda se lembram? Eu me lembro.

Ufa! Nada de "suck my anus!".

Abri as pernas dela e caí de boca. Acho que fui com tanta vontade que a mina deu um puta grito. Não sei se de prazer ou de susto, só sei que o grito chamou a atenção do outro casal.

— Vocês curtem um oral, hein! — disse Carolina.

— Muito!!! — disse Caroline, acariciando minhas orelhas. Não parei pra responder. Continuei meu trabalho de língua.

— Cuidado que dá sapinho, hein!!! — gritou Pezão, rindo feito uma hiena idiota.

Se dá sapinho ou não eu não queria nem saber. Fiquei ali por um bom tempo. 

Depois fui subindo pelo corpo maravilhoso de Caroline, beijando cada milímetro daquele corpo sarado e suado ... até encontrar novamente os seus lábios quentes.

Preliminares finalizadas, coloquei minha boa e velha amiga camisinha e ... foi bom demais! Já sei, vocês estão estranhando o fato de que até agora nada de bizarro me aconteceu. O que eu posso fazer? Acho que Murphy saiu de férias ou ficou preso lá no banheiro da pizzaria. Sei lá! Só sei que está dando tudo certo, finalmente!

Quando terminamos eu estava exausto. Arranquei a camisinha com cuidado, dei-lhe o nó e atirei-a longe, como eu sempre faço. O problema foi que desta vez ....

— Porra, Nando, vai tomar no seu cu!!!

Acertei a bendita no Pezão. Olhei para o lado e lá estava a dita cuja caída no ombro do mané. É lógico que ao me deparar com aquela cena ridícula eu caí na maior gargalhada da história, não é? Pezão ficou ainda mais puto. Retirou a camisinha do ombro, com o maior nojo do mundo, e atirou-a em mim com toda a sua fúria. Desviei-me antes que ela me acertasse. Quando voltei o olhos para o Pezão senti o golpe. Nem tive tempo de desviar. O filho da puta me acertou um soco na testa. Caí da cama. Bati com a cabeça no chão e senti uma dor lancinante.

— Pára com isso!!! — acho que foi Caroline gritando com o Pezão.

Eu fiquei um pouco zonzo. Por alguns segundos perdi a consciência. Olhei pra cima e vi Carolina empurrando Pezão para trás. De repente o rosto de Caroline surgiu como o de um anjo. Ela me beijou a testa carinhosamente.

— Você está bem? — disse ela.

— Acho que estou — respondi. Minha cabeça doía muito.

Ela me beijou outra vez, depois olhou na direção do Pezão.

— Filho da puta!!! Você é retardado?

— Vai se foder, mina! — respondeu ele.

Outro rosto. Outro anjo. Carolina.

— Você bateu com a cabeça outra vez — disse ela. Seu olhar foi tão sincero e preocupado. Foi um olhar tão expressivo que valeu por um beijo.

— Sim, mas estou bem — falei, levantado-me com a ajuda das duas irmãs.

Sentei-me na cama. Elas ficaram do meu lado. Caroline à minha direita e Carolina à minha esquerda. Elas estavam irritadíssimas com o Pezão.

— Não precisava ter feito aquilo, seu estúpido! — disse Carolina.

— Babaca — falou Caroline, olhando para Pezão e acariciando meu rosto.

Pezão estava de cueca, com as mãos na cintura e um olhar meio arrependido. Mas agora era tarde. Eu estava louco para revidar aquele soco covarde que ele me deu. Mas não sei se vocês perceberam ... o negócio está ficando bom para o meu lado ... hehehe. Nando quer colinho!!!!

— Eu queria ver se a camisinha tivesse acertado a testa de vocês duas — disse Pezão, cínico como sempre. — , aí eu queria ver! Aposto que teriam dado um puta escândalo.

— Ele não fez de propósito, oh! — disse Caroline.

— Foda-se! — disse Pezão. — Aquela merda nojenta me acertou e eu não gostei.

Pezão sentou-se ao lado de Carolina e tentou lhe dar um beijo no rosto. Ela não deixou, levantou-se, foi até o banheiro e fechou a porta. Pezão ficou puto ... comigo.

— Veja só o que você fez, cara! — disse ele.

— Eu? Ah, se liga! A culpa foi ....

Senti uma mão bulinando meu bilau. Caroline, é claro. Olhei pra ela e vi aquele olhar de menina safada novamente. Meu, juro, só de olhar aquela carinha eu já me animei todo. Não só eu, mas o Nando Júnior também.

E rolou a segunda vez da noite. Foi rápida e sem preliminares, mas tão gostosa quanto a primeira. E com camisinha também, é claro. Esqueci-me totalmente da dor que eu sentia há poucos instantes. Sexo é capaz de tudo mesmo, putz grila!!!

Confesso que ver o Pezão esmurrando a porta do banheiro e não conseguindo absolutamente nada com a Carolina duplicou o meu tesão. É como dizem, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Terminamos novamente exaustos. Tirei a camisinha, dei-lhe um nó bem dado e ...

— Por favor — sussurrou Caroline. — , deixa aí no chão mesmo.

Fiz sinal de positivo com a cabeça ... e fiz o que ela me pediu.

Pezão continuava batendo na porta, mas agora mudou de tática. Ao invés de gritar ele começou a apelar para uma fala mais mansa:

— Por favor, gatinha, vem pra cá! O que você quer que eu faça?

Vesti minha cueca, a qual eu levei algum tempo para encontrá-la no meio daquela bagunça de roupas por todos os lados. Caroline já estava de calcinha e sutiã. A mina deve ter algum parentesco com o David Copperfield ou sei lá.

O drama do Pezão continuava. A porta do banheiro permanecia trancada.

— Meu, então vai se foder! — gritou ele, impaciente. Depois deu um último murro na porta e voltou para a cama.

— Conheço minha irmã — disse Caroline, pegando o controle remoto da TV. — , quando ela pega birra de alguém ... sai de baixo!!! — Ela ligou a TV. Ouvimos a voz de Galvão Bueno. — Tem jogo de madrugada?

Não era jogo, é claro, era Fórmula-1. Caroline desligou imediatamente.

— Ah, quem perde tempo com aquilo? Só dá o alemão, né? — e ela deu uma risada super gostosa. — A única coisa boa da alemanha é o salsichão.

Dei risada e olhei pra minha cueca.

— E este salsichão?

— Este também é bom.

E caímos na gargalhada. O único que não riu foi o Pezão, é claro. Ele olhava fixo para a porta, parecia em transe.

— Aconteceu alguma coisa com ela — disse Pezão, sério.

— Ela adora fazer um drama — disse Caroline, recolocando o controle remoto sobre a cabeceira da cama.

— Já faz um bom tempo que ela desligou o chuveiro — continuou Pezão.

Levantei-me e fui até a porta. Bati duas vezes e disse:

— Carolina, está tudo bem aí? Estamos preocupados com você.

Nada. Nenhuma resposta. Caroline pulou da cama e aproximou-se da porta também.

— Sai daí, sua mocoronga! — ela gritou para a irmã, mas olhava e sorria pra mim. — Eu já estou quase dando a terceira e você ainda está na primeira!

Silêncio. 

O semblante de Caroline mudou totalmente, ela ficou séria.

— Eu não falei? — disse Pezão. — Aconteceu alguma coisa com a biscate.